O chefe da diplomacia de Angola, que visitou a sede da comunidade lusófona, em Lisboa, onde teve uma reunião com o secretário executivo, Zacarias da Costa, e com os representantes permanentes dos Estados-membros junto da CPLP, reafirmou a "importância particular" que assumirá o pilar económico na organização durante a presidência angolana.
"Em Luanda decidimos dar uma importância particular à vertente económica. Portanto, o pilar económico, durante a presidência de Angola vai, com certeza, ser objeto de uma reunião, em Luanda, em novembro, em que vão participar os setores ligados a este pilar, que é para definirmos de forma mais concreta como pensamos atingir esse objetivo", afirmou Téte António.
O ministro referiu também que a presidência angolana defende que deve haver reuniões informais de chefes da diplomacia dos países da CPLP em tudo o que sejam grandes fóruns internacionais, como costuma haver à margem da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.
"Tivemos uma reunião de ministros em Nova Iorque. Isto para dizer que na CPLP isto também é para continuar. Seja onde nós estivermos, cada vez que nos encontremos em fóruns internacionais. Não só para coordenarmos a nossas posições, mas também para fazermos com que a coesão desta família, bastante particular, que é a CPLP continue a falar alto na arena internacional, de forma a defender, sobretudo os interesses das nossas populações", sublinhou.
O governante angolano, que aproveitou a ocasião para anunciar também que São Tomé e Príncipe será o país que assumirá a próxima presidência da organização, salientou que a visita à sede da comunidade "foi não só uma forma de assinalar o empenho de Angola na presidência da organização, como também a oportunidade de reiterar o que foi decidido na cimeira de Luanda, em julho".
"É uma honra estarmos cá hoje como nosso primeiro ato público enquanto presidente em exercício da CPLP", frisou Téte António.
"Depois da cimeira de Luanda a nossa vinda aqui à sede da CPLP é para reafirmar o engajamento da República de Angola e também para estarmos cá num dia simbólico, porque este foi o dia da primeira reunião do comité dos embaixadores [comité de concertação permanente da CPLP]", sob a presidência angolana, acrescentou.
O chefe da diplomacia angolana adiantou que os embaixadores "são o instrumento principal para ajudar os chefes de Estado já que eles é que seguem as questões do dia a dia".
Além disso, Téte António destacou também o facto de a República de Angola ter acabado de nomear um representante permanente junto da CPLP, o embaixador Francisco Oliveira Encoge, o que reforça o empenho da presidência angolana.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP, organização que celebrou o seu 25º aniversário este ano.
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