Segundo a agência de notícias palestiniana, o Papa defendeu Jerusalém Leste como capital da Palestina, zona que é atualmente ocupada por Israel, que a anexou.
"Todos queremos uma solução de dois estados e Jerusalém como capital do Estado da Palestina. Esse é o caminho correto porque é o caminho em direção à paz", afirmou Francisco, citado pela WAFA.
Na conversa telefónica, prossegue a WAFA, o líder da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) destacou a importância de se dar "início a um processo político que ponha fim à ocupação israelita dos territórios palestinianos".
Abbas também se referiu à necessidade de cumprir os acordos assinado entre Israel e a Palestina e destacou a importância de "manter a presença cristã na Terra Santa e promover a tolerância".
O presidente palestiniano destacou a boa relação de "amizade e cooperação" que a ANP mantém com o Papa e com o Vaticano, uma das bases para a estabilidade e a paz na região, e destacou o compromisso palestiniano com as resoluções da ONU a esse respeito patrocinadas pelo Quarteto de Mediadores para o Médio Oriente (Nações Unidas, União Europeia, Estados Unidos e Rússia).
"Abbas informou o Papa Francisco sobre os últimos desenvolvimentos na causa palestiniana e sobre a necessidade de conter as hostilidades dos colonos e das forças de ocupação israelitas em Jerusalém, especialmente o ataque de extremistas à mesquita de Al Aqsa e a falta de respeito pelos factos históricos e pelo 'status quo' do local sagrado", reportou a QAFA.
Francisco e Abbas também analisaram problemas como as demolições de casas e o despejo forçado de palestinianos das suas casas nos bairros Sheik Jarrah e Silwan, em Jerusalém Leste.
Francisco já intercedeu em diversas ocasiões junto das autoridades israelitas e palestinianas com apelos à paz e à compreensão, além de se ter encontrado várias vezes com Abbas, o último deles no Vaticano, em dezembro de 2018.
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