"Na prática, a Rússia vai esforçar-se para alcançar a neutralidade de carbono na sua economia. E estabelecemos uma meta concreta - o mais tardar para 2060", disse Putin, durante um fórum de energia em Moscovo, colocando os objetivos russos a par dos da China.
No início deste mês, o jornal diário Kommersant revelou que o Governo russo estava a preparar uma nova estratégia ambiental, com medidas mais drásticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com o plano divulgado pelo jornal russo, Moscovo teria como objetivo reduzir as suas emissões em quase 80% até 2050, em particular abandonando gradualmente o carvão como fonte de eletricidade em favor de mais energia nuclear.
A Rússia é um dos principais produtores de hidrocarbonetos do mundo e um país onde as questões ambientais só começaram tarde a aparecer nos discursos oficiais.
Com grande parte da sua economia baseada na mineração, a Rússia tem colocado as metas ambientais de forma menos ambiciosa do que os seus vizinhos europeus e Putin assumiu tradicionalmente posições céticas sobre as alterações climáticas.
No entanto, o Presidente russo reviu a sua posição nos últimos tempos, alarmado pela multiplicação de desastres naturais, como os incêndios que devastaram o país no passado verão.
Este ano, Putin também participou numa cimeira organizada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, e expressou o seu interesse em fortalecer a cooperação internacional sobre matérias de clima.
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