"A rota marítima que vai de Dalian (China) a Nampo (Coreia do Norte) foi aberta", revelou hoje, responsável do organismo que representa o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Seul, Oren Schlein, durante um fórum realizado na cidade sul-coreana de Incheon.
O organismo começou a enviar material médico para o país asiático "e vai entregar mais", disse Schlein, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também anunciou ter começado a enviar para a Coreia do Norte material médico dedicado a combater a covid-19.
Pyongyang mantém um rígido controlo das fronteiras, tendo fechado as suas rotas marítimas e terrestres em janeiro de 2020 para evitar a "entrada" de covid-19 no seu território, uma decisão que manteve o país inacessível ao envio de material pelas agências ligadas à ONU e grupos de ajuda humanitária.
O regime norte-coreano até tem rejeitado toda e qualquer ajuda de material médico, garantindo que não tem casos de covid-19, mas que receia que os envios possam servir de gatilho para a disseminação da doença no país.
O Programa Alimentar Mundial (PAM), outra agência da ONU, insiste que Pyongyang tem de levantar algumas das suas restrições nas fronteiras para receber ajuda, já que é crucial combater a escassez de alimentos que o próprio país reconheceu estar a enfrentar.
"As reservas de alimentos do PAM na Coreia do Norte já se esgotaram este ano", alertou a conselheira da agência, Marian Yun.
A covid-19 já provocou pelo menos 4.861.478 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,59 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa de notícias AFP.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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