O Tribunal Distrital de Kaohsiung ordenou a detenção da mulher, acusada de "homicídio negligente", no final de sexta-feira, segundo a agência de notícias CNA, de Taiwan, citada pela Efe.
Tanto a mulher, de 51 anos, como o seu companheiro, de 52 anos, foram interrogados durante várias horas pela polícia, tendo o homem sido libertado sob caução, porque a sua conduta foi considerada menos grave, de acordo com os procuradores.
A polícia apontou contradições no testemunho da mulher sobre o uso de um queimador de incenso, que pode ter estado na origem do incêndio no edifício de 13 andares.
Segundo a investigação, citada pela CNA, na noite de quarta-feira o casal estava a beber bebidas alcoólicas com outro indivíduo, numa sala do edifício sinistrado, no rés-do-chão.
O companheiro da suspeita deixou a divisão, "possivelmente depois de uma discussão com a namorada", tendo mais tarde o outro indivíduo deixado igualmente o local.
Segundo as autoridades, a mulher, de apelido Huang, foi a última a sair, tendo o incêndio começado pouco depois.
"Segundo as câmaras de vigilância próximas, Huang deixou a sala às 02h16", disse a CNA, acrescentando que a polícia foi informada pouco tempo depois de que havia fumo a sair dessa divisão, cerca das 02h40.
A mulher, que admitiu ter usado um queimador de incenso, para repelir mosquitos, negou ter provocado o fogo de forma intencional, de acordo com a imprensa local.
À polícia, a mulher teria dado versões diferentes do que fez às cinzas, antes de deixar a divisão. Numa das versões, terá dito que as deitou num caixote do lixo, noutra, que não se recordava, segundo a imprensa de Taiwan.
O incêndio, "extremamente violento", destruiu vários andares, informaram os bombeiros.
O edifício tem cerca de 40 anos, com lojas nos níveis inferiores e apartamentos mais acima, de acordo com um comunicado oficial citado pela Associated Press.
Com mais de 2,7 milhões de habitantes, Kaohsiung é a segunda maior cidade de Taiwan, situada na costa sudoeste da ilha.
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