"Damos as boas-vindas a uma dura competição com a China, mas não queremos que se converta num conflito", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, na habitual conferência de imprensa diária, assinalando, porém, a preocupação dos Estados Unidos com "as capacidades militares" que a China está à procura.
O secretário da Defesa, Lloyd Austin, disse, em Tbilisi, capital da Geórgia, onde se encontra em deslocação, que os Estados Unidos vigiam "de perto" o desenvolvimento por parte da China de armamento, capacidades avançadas e sistemas que "só podem aumentar as tensões na região".
Segundo o jornal económico Financial Times, a China testou em agosto um míssil hipersónico com capacidade nuclear, uma informação hoje negada por Pequim, que alega que se tratou de "testes rotineiros" para verificar tecnologias de reutilização aeroespacial.
Contudo, de acordo com o diário, que cita fontes próximas, a China lançou este míssil, que deu a volta à Terra em órbita baixa "surpreendendo os serviços de inteligência norte-americanos".
Tecnicamente, os mísseis ou veículos hipersónicos quebram em voo, pelo menos cinco vezes, a barreira do som, isto é, superam os 6.177 quilómetros por hora. O facto de poderem voar a escassa altitude e traçar trajetórias não parabólicas converte-os numa arma tática difícil de detetar.
Tal tecnologia continua a ser desenvolvida a nível mundial e são muito poucos os países que a têm completamente operacional.
Em finais de setembro, os Estados Unidos asseguraram ter testado com sucesso o míssil hipersónico Raytheon. A Rússia já tem operacional o míssil hipersónico Avangard, que o Presidente Vladimir Putin qualificou como "arma do futuro".
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