Os 18 meses de confinamentos a nível global levaram ao crescimento da participação em extremismos online, que podem ir desde conteúdo terrorista a teorias da conspiração ou desinformação, avisam os especialistas, citados pelo Guardian.
Jacob Davey, do Instituto de Diálogo Estratégico (ISD), indicou que os estudos mostram "uma proliferação de atividade online prejudicial e preocupante" durante a pandemia.
"Aquilo que vimos são evidências de aumentos de atividade online numa panóplia de causas extremistas durante o confinamento. Não é apenas material terrorista, mas um vasto cocktail de perigos online, uma vez que as pessoas passam mais tempo em casa", disse o investigador.
A publicação britânica escreve que a unidade de contraterrorismo online (Counter-Terrorism Internet Referral Unit, CTIRU) do Reino Unido anunciou, no ano passado, um aumento de 7% de denúncias de possível conteúdo terrorista, comparativamente com o ano anterior, uma tendência que é global.
O ISD, que estuda o extremismo a nível global, indicou que o conteúdo em páginas e grupos de extrema-direita no Canadá aumentou 33.7% no Facebook, no ano passado, enquanto que as publicações no 4Chan aumentaram 66.5%.
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