O porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, congratulou todos os candidatos e eleitores por terem conduzido "uma eleição livre, justa e de transparência processual, segundo o forte compromisso de Cabo Verde nos valores democráticos", de acordo com uma nota divulgada na segunda-feira.
"Os Estados Unidos estão ansiosos para trabalhar em estreita colaboração com Cabo Verde, para fortalecer ainda mais as relações sólidas entre as nossas nações e aprofundar a nossa parceria na segurança, transação e comércio, energia limpa e educação", salientou.
O antigo primeiro-ministro José Maria Neves, apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), atualmente na oposição, venceu no domingo as presidenciais à primeira volta, com 51,5% dos votos, de acordo com dados do apuramento provisório.
O também antigo primeiro-ministro Carlos Veiga, que se candidatou com o apoio do Movimento para a Democracia (MPD), no poder, e da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), obteve 42,6% dos votos.
José Maria Neves vai suceder a Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo e último mandato legalmente previsto no cargo.
No discurso de vitória, José Maria Neves assumiu que vai "dialogar com todos", apelando à união de esforços entre os órgãos de soberania e sociedade civil na recuperação económica do país.
Além de Neves e Veiga, as presidenciais contaram com mais cinco candidatos, no total de sete pela primeira vez em Cabo Verde, depois de até agora o máximo ter sido quatro, em 2001 e 2011.
Estas eleições encerram o ciclo eleitoral iniciado em 25 de outubro de 2020, com as autárquicas, que prosseguiu em 18 abril passado, com as legislativas, sempre com a aplicação de medidas de proteção sanitária, como a utilização de máscara e desinfeção obrigatória à entrada das assembleias de voto, devido à pandemia de covid-19.
Cabo Verde já teve quatro Presidentes da República desde a independência de Portugal em 1975, sendo o primeiro o já falecido Aristides Pereira (1975-1991) por eleição indireta, seguido do também já defunto António Mascarenhas Monteiro (1991--2001), o primeiro por eleição direta. Em 2001, foi eleito Pedro Pires e, dez anos depois, Jorge Carlos Fonseca.
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