A operação policial, em 41 províncias, enquadra-se numa ordem judicial contra os simpatizantes de Gulen, que se encontra exilado nos Estados Unidos e que recusa qualquer envolvimento na tentativa de golpe de Estado.
A organização de Gulen, um clérigo muçulmano que até 2013 foi aliado do presidente turco, é considerada "terrorista".
Após a intentona militar de 2016, as autoridades turcas levaram a cabo uma série de purgas no Exército e na Administração estatal com a expulsão de mais de 150 mil funcionários, entre os quais militares e polícias.
Dezenas de milhares de pessoas foram detidas, sendo que uma grande parte aguarda julgamento.
A ordem de detenção dos 158 militares decorre no mesmo dia em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia convocou os embaixadores dos Estados Unidos e de nove outros países para protestar formalmente contra a posição que tomaram no sentido da libertação do ativista de direitos humanos Osman Kavala.
Em concreto, os vários países tomaram posição com base na decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que exige a libertação de Cavala, provocando o protesto de Ancara, que considera a decisão uma "intromissão" no sistema judicial turco.
Osman Kavala, 64 anos, filantropo e ativista de causas relacionadas com direitos humanos está preso na Turquia há quatro anos acusado de envolvimento nos protestos que começaram no Parque Gezi, Istambul, em 2013.
Kavala é também acusado de envolvimento na intentona militar de 2016.
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pediu a libertação de Kavala em 2019, mas as autoridades turcas ignoraram a determinação, mantendo preso o defensor de direitos humanos sem julgamento.
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