"A Organização Mundial da Saúde aprovou a possibilidade de vacinarmos as mulheres grávidas e lactantes. Estes dois grupos não foram imunizados nas fases anteriores porque o plano não previa. Com a nova evidência científica, Moçambique vai começar a vacinar [estes grupos]", disse Ivan Manhiça, coordenador da campanha de vacinação no Ministério da Saúde, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
A terceira fase de imunização, que se inicia na quarta-feira no país, deverá abranger, além de grávidas e lactantes, pessoas maiores de 30 anos.
Moçambique espera inocular sete milhões de pessoas nesta fase, que vai decorrer até final de março do próximo ano, envolvendo cerca de 15.000 técnicos de saúde.
"Nós vamos usar preferencialmente a vacina Johnson & Johnson (de dose única) nas zonas rurais para que as pessoas mais velhas não tenham de voltar para a segunda dose", referiu Ivan Manhiça, acrescentando que a dose única vai também ter grande impacto na logística do processo.
O processo de vacinação contra o novo coronavírus em Moçambique iniciou-se em março, abrangendo grupos prioritários, entre os quais profissionais de saúde e agentes da polícia, seguindo-se em agosto a vacinação em massa.
Moçambique já usou três vacinas no processo de imunização: Verocell, Johnson & Johnson e AstraZeneca, referiu Ivan Manhiça.
Segundo as autoridades de Saúde, cerca de dois milhões de pessoas foram vacinadas em Moçambique, quase 12% dos 17 milhões de pessoas que o Governo pretende abranger até final de 2022.
O país atingiu o pico da terceira vaga em julho e desde então regista uma redução consistente de todos os indicadores epidemiológicos.
Moçambique tem um total acumulado de 1.927 mortos devido à covid-19 e 151.112 casos, dos quais 98% recuperados da doença.
A covid-19 provocou pelo menos 4.902.638 mortes em todo o mundo, entre mais de 241,03 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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