"Os funcionários [da televisão] foram retidos", acrescentou o ministério sudanês.
A estação de televisão estatal difunde neste momento um longo concerto de música tradicional.
As últimas informações dão conta da prisão do primeiro-ministro sudanês, Abdallah Hamdok, que foi detido depois de se ter recusado a apoiar o "golpe de Estado", disse o Ministério da Informação do Sudão.
As detenções acontecem após semanas de tensão entre as autoridades de transição civil e militar.
O serviço de internet foi cortado em todo o país, enquanto manifestantes se concentram nas ruas de Cartum para protestaram contra a vaga de prisões.
Estes acontecimentos ocorrem dois dias após uma fação sudanesa que pedia uma transferência de poder para o Governo civil ter advertido sobre a preparação de um golpe de Estado.
O Sudão tem estado numa transição precária marcada por divisões políticas e lutas pelo poder desde a expulsão do Presidente, Omar al-Bashir, em abril de 2019.
Entretanto, os Estados Unidos expressaram "profunda inquietação" sobre a vaga de prisões de dirigentes civis levadas hoje a cabo pelas forças militares do Sudão.
Os anúncios sobre a tomada do poder pelos militares "vão contra a declaração constitucional (que determinou a transição do país" e as "aspirações democráticas do povo do Sudão", disse o emissário norte-americano para o Corno de África, Jeffrey Feltman.
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