Polícia condenada a seis perpétuas após matar namorado e familiares

Uma mulher polícia sul-africana foi hoje condenada a seis penas de prisão perpétua por matar o seu namorado e cinco elementos da família para receber um seguro de vida, depois de um julgamento que arrepiou a África do Sul.

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Lusa
05/11/2021 17:16 ‧ 05/11/2021 por Lusa

Mundo

África do Sul

 

Rosemary Ndlovu, 46 anos, foi considerada culpada no mês passado de matar o seu primo, irmã, namorado, sobrinha, sobrinho e outro parente, entre 2012 e 2017, por tiroteio, espancamento e estrangulamento.

O tribunal também a considerou culpada de tentar matar a sua mãe, a sua irmã e os cinco filhos da sua irmã.

Além das seis penas de prisão perpétua por homicídio, o juiz acrescentou 95 anos por incitação ao homicídio, tentativa de homicídio e fraude de seguros.

"Na prática, os anos de prisão equivalem a (prisão perpétua)", disse o Juiz Ramarumo Monama.

Grande parte do julgamento foi transmitida em direto na África do Sul, onde o relato de alguns dos detalhes horripilantes atordoou, até mesmo este país que bateu recordes de criminalidade.

A compostura da mulher face a acusações horríveis contribuiu para o mal-estar.

A acusada alegadamente contratou apólices de seguro de vida e de funeral, em nome das suas vítimas, para depois reclamar o dinheiro após a sua morte, o que negou.

"Não fui eu que subscrevi as apólices de seguro da minha irmã assassinada", disse ela em Tsonga, antes da tradução.

De acordo com a acusação, ela ganhou cerca de 80.000 euros com a sua empresa assassina.

Os assassinos contratados são suspeitos de executar a maior parte do seu terrível plano, mas Ndlovu terá tratado pessoalmente da sua irmã Audrey, envenenando o seu chá antes de a estrangular.

Ela ainda planeava, em 2018, incendiar a casa de outra das suas irmãs, uma mãe de cinco filhos, incluindo um bebé, quando o assassino pretendido desistiu e contactou a polícia.

O homem contou que a acusada, acompanhada pelo seu suposto cúmplice, um polícia, que as vítimas tinham de ingerir comprimidos para dormir e as suas bocas cheias de meias para abafar os gritos.

Alguns dias antes, outro atirador contratado também vacilou quando viu a mãe idosa da arguida, a quem pediu um copo de água antes de deixar a casa, desistindo do trabalho.

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