Antony Blinken falou com Mustafa al-Kazimi "para condenar o ataque terrorista" que teve como alvo a residência do chefe do executivo iraquiano, e "transmitiu o seu alívio por o primeiro-ministro não ter sido ferido", lê-se num comunicado.
Blinken sublinhou que o ataque "foi também um ataque à soberania e estabilidade do Estado iraquiano" e que o chefe da diplomacia norte-americana "reiterou que a parceria dos EUA com o primeiro-ministro al-Kazimi e com o Iraque é firme".
Além disso, Antony Blinken "comprometeu-se a apoiar as Forças de Segurança iraquianas enquanto estas investigam este ataque", adianta o comunicado.
A tentativa de assassínio contra o primeiro-ministro iraquiano foi levada a cabo com "três drones, dois dos quais foram abatidos" pelo destacamento de segurança de Mustafa al-Kazimi, disseram duas fontes de segurança.
Os três 'drones' "foram lançados de um local perto da Ponte da República" na margem oriental do rio Tigre, antes de se dirigirem para a zona verde na margem ocidental, onde se situa a residência do primeiro-ministro, adiantou uma das fontes.
O próprio primeiro-ministro confirmou imediatamente a seguir, na sua conta do Twitter, que estava bem e apelou à população para permanecer calma.
Os Estados Unidos já tinham reagido ao ataque, através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price: "Estamos aliviados por saber que o primeiro-ministro não está ferido. Este aparente ato de terrorismo, que condenamos veementemente, visava o coração do Estado iraquiano", frisou, numa declaração.
A Zona Verde, onde a residência do primeiro-ministro foi atacada hoje de madrugada, é uma área fortificada no centro de Bagdade, que também contém uma série de edifícios governamentais e embaixadas estrangeiras.
O ataque contra Mustafa al-Kazimi, condenado por vários países vizinhos do Iraque, é o primeiro a atingir a residência do primeiro-ministro e ocorre numa altura em que os partidos políticos estão a negociar a formação de coligações parlamentares com base nos resultados preliminares das eleições legislativas de 10 de outubro.
A Aliança Conquista, montra política da Hashd al-Shaabi, uma influente coligação de antigos paramilitares pró-iranianos, viu o seu número de assentos afundar-se e está a denunciar uma "fraude" eleitoral e alguns apoiantes de Hashd acusam Kazimi de ser "cúmplice" nesta "fraude".
Vários destes apoiantes começaram a reunir-se perto de duas entradas na zona verde para protestar contra os resultados eleitorais.
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