A desflorestação na floresta da Amazónia aumentou em outubro, apesar das promessas do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, na cimeira do clima da Organização das Nações Unidas (COP26).
O Brasil comprometeu-se a acabar com a desflorestação até 2028, dois anos antes do objetivo antes estipulado.
No entanto, dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que cerca de 877 quilómetros quadrados de floresta foram dizimados no mês passado, representando um aumento de 5% quanto ao período homólogo do ano passado – na verdade, foi o pior mês de outubro desde que a monitorização começou, em 2015.
Nesse sentido, os cientistas, diplomatas e ativistas sublinham que as promessas de Bolsonaro têm pouco significado, já que os níveis de desflorestação aumentaram para níveis de 2008, devido à extração mineira e à agricultura.
“O mundo sabe a posição do Brasil e esta tentativa de mostrar um Brasil diferente é pouco convincente, porque os dados de satélite mostram a realidade”, disse Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (IPAM), na COP26.
O ministro do Ambiente Joaquim Leite irá responder a questões numa conferência de imprensa, às 15 horas.
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