Nuclear. Irão convida AIEA para discutir programa de Teerão
O Irão anunciou hoje ter convidado o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica para se reunir com o chefe da diplomacia, após o dirigente da AIEA ter expressado preocupação pela falta de contacto com responsáveis iranianos.
© Reuters
Mundo Nuclear
O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, "foi convidado e foi sugerida uma data para a sua viagem (...) Estamos a aguardar pela resposta", disse o porta-voz da diplomacia iraniana, Saïd Khatibzadeh.
Grossi indicou, na sexta-feira, que "estava surpreso" por ainda não se ter encontrado com líderes iranianos, dois meses depois de um acordo negociado com Teerão sobre a manutenção de equipamentos de monitorização do programa nuclear iraniano.
Após a conclusão desse acordo, Grossi deveria voltar rapidamente a Teerão para discutir com o Governo investido em agosto, tendo sugerido que poderia encontrar-se com "o Presidente ou o ministro dos Negócios Estrangeiros".
"Cabe a eles (aos iranianos) decidir", acrescentou.
Os comentários de Grossi e o convite do Irão foram feitos numa altura em que as negociações para salvar o acordo nuclear internacional assinado com o Irão em 2015 estão suspensas, desde a eleição em junho do Presidente ultraconservador, Ebrahim Raïssi, devendo ser retomadas em Viena em 29 de novembro.
O pacto histórico, que teve como objetivo limitar drasticamente o programa nuclear do Irão em troca do levantamento de sanções económicas impostas ao país, foi prejudicado pela retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 e pelo facto da República Islâmica ter começado a deixar de cumprir algumas das suas obrigações um ano depois.
As negociações iniciadas em abril em Viena decorrem entre Teerão e os demais signatários que se mantiveram no acordo (Alemanha, China, França, Reino Unido, Rússia). Washington participa indiretamente.
Khatibzadeh reiterou hoje a posição iraniana sobre o regresso irrevogável dos Estados Unidos ao pacto.
"Ouvimos as intenções dos Estados Unidos e as suas exigências para se juntarem (às conversações de Viena), mas, para nós, o que importa é ter a certeza do levantamento das sanções após as verificações e garantias necessárias", disse o porta-voz.
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