"Um ataque das forças azeris contra as posições das forças arménias provocou mortos e feridos do lado arménio", assegurou em comunicado o ministro da Defesa da Arménia, admitindo ainda a perda do controlo de "duas posições militares".
A Arménia também afirmou ter infligido "importantes perdas humanas" às forças azeris.
"Os combates prosseguem, a sua intensidade não diminuiu", acrescentou o comunicado.
Estes confrontos ocorreram na disputada região do Nagorno-Karabakh.
Por sua vez, o Azerbaijão afirmou que os soldados arménios estavam a abandonar "em pânico" as suas posições, após ter acusado Erevan de "provocação militar de grande amplitude".
"Os militares azeris repeliram um contra-ataque das forças arménias (...). Os soldados arménios, assustados e confusos, abandonam as suas posições", assegurou o ministro da Defesa azeri, num comunicado.
As tensões voltaram a agravar-se nas últimas semanas entre a Arménia e o Azerbaijão, duas antigas repúblicas soviéticas, que no domingo já se tinham acusado mutuamente de disparos na fronteira comum.
Após os confrontos de 2020, foi assinado um frágil acordo de cessar-fogo e estabelecido o envio de uma força militar russa de manutenção da paz.
No outono de 2020, a Arménia e o Azerbaijão envolveram-se num curto mas sangrento conflito em torno do enclave do Nagorno-Karabakh -- já palco de uma primeira guerra no início da década de 1990 -- e que provocou mais de 6.500 mortos.
Os combates implicaram uma pesada derrota da Arménia, forçada a ceder diversas regiões situadas em torno do enclave separatista de maioria arménia, em território do Azerbaijão, e agora mais expostas às eventuais ofensivas das forças militares azeris.
Leia Também: Erevan acusa formalmente Baku de incentivar o ódio contra arménios