A Áustria contabilizou 14.416 novas infeções nas últimas 24 horas, a República Checa 22.479 e a Hungria 10.265, segundo dados oficiais citados pelas agências de notícias internacionais.
Também a Alemanha anunciou hoje um novo máximo diário de 52.826 casos nas últimas 24 horas, número que era inferior a 40.000 casos há uma semana.
Na Áustria, um país com 8,9 milhões de habitantes, as autoridades deram conta de um aumento exponencial do número de casos sem precedentes.
O novo número de infeções diárias é superior em mais de 2.000 à média de 12.164 casos nos últimos sete dias, e o número total de infeções ativas, 126.146, aumentou em quase 7.000 casos em 24 horas.
A incidência acumulada nos últimos sete dias era hoje de 953,2 infeções por 100.000 habitantes, mais do dobro do que no início do mês.
Devido à escassez de camas, as autoridades de Salzburgo criaram comités de triagem para decidir sobre o acesso aos cuidados intensivos.
A rádio pública ORF noticiou que, em hospitais da região da Alta Áustria, os corpos dos mortos tiveram de ser deixados nos corredores devido à sobrelotação das morgues.
Na República Checa, o Ministério da Saúde anunciou hoje que o número de novas infeções (22.479) duplicou em 24 horas.
A incidência acumulada de infeção em sete dias eleva-se a 813 casos por 100.000 habitantes.
Os hospitais deste país da Europa Central de 10,7 milhões de habitantes têm atualmente 4.500 doentes com covid-19, o número mais elevado desde abril.
A República Checa encontra-se no pior ponto da pandemia, com um crescimento exponencial de infeções que excedeu os níveis mais elevados do ano passado, quando foram impostas severas medidas de contenção e encerramento de empresas e escolas.
O primeiro-ministro checo, Andrej Babis, anunciou hoje que as pessoas não vacinadas ou que não tenham recuperado da infeção serão proibidas de aceder a eventos e serviços públicos a partir de segunda-feira.
Estas restrições, que serão aprovadas pelo Governo na quinta-feira, significam que os testes negativos deixarão de ser reconhecidos como qualificação para entrar em eventos e estabelecimentos de serviços, disse Babis na televisão.
Na Hungria, os dados de hoje dão conta de novos máximos de mortes (178) e de novas infeções diárias (10.265) desde o surto devastador da primavera passada, quando o país da Europa Central teve a maior taxa de mortalidade 'per capita' no mundo.
Os números refletem um agravamento da situação pandémica na Hungria, um país com menos de 10 milhões de habitantes que liderou inicialmente a vacinação, mas que tem lutado contra a hesitação de muitas pessoas nos últimos meses.
Com cerca de 40% da população ainda sem uma dose, a Hungria está quase nove pontos percentuais atrás da taxa média de vacinação no resto dos 27 países da União Europeia (UE).
Na Bélgica, as autoridades federais e regionais reúnem-se hoje para endurecer as medidas contra a pandemia, quando as infeções excedem 10.000 por dia.
As novas medidas no país com 11,4 milhões de habitantes incluem o teletrabalho obrigatório pelo menos três dias por semana e a vacinação dos profissionais de saúde.
A reunião estava marcada para sexta-feira, mas o rápido agravamento de todos os indicadores de saúde forçou a antecipação para hoje.
Entre 07 e 13 de novembro, foi detetada na Bélgica uma média diária de 10.283 novas infeções por SARS-CoV-2, um aumento de 27% em comparação com a semana anterior, de acordo com números oficiais divulgados hoje.
Na Rússia, as autoridades anunciaram hoje um novo número recorde de 1.247 mortes por covid-19 em 24 horas, após oito dias consecutivos com mais de 1.200 óbitos.
Desde o início da pandemia, morreram na Rússia 259.084 pessoas com covid-19.
Estes dados surgem depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter anunciado que a Europa registou um aumento de 5% de mortes por covid-19 nos últimos sete dias, enquanto no resto do mundo o número de óbitos permaneceu estável ou diminuiu.
Na América, as mortes diminuíram 3%, na região do Pacífico Ocidental - que inclui a China - caíram 5% e no Mediterrâneo Oriental 14%.
No sul e no leste da Ásia, que inclui a Índia, as mortes no contexto da pandemia aumentaram 1% e em África subiram 3%.
A pandemia provocou mais de 5,1 milhões de mortos no mundo, em mais de 254,2 milhões infeções, desde que foi notificado o primeiro caso na China, no final de 2019, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP).
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