Um avião com um número ainda desconhecido de passageiros pretende descolar de Minsk ao início da tarde e fazer duas paragens, uma na cidade de Erbil e outra na capital do Iraque, Bagdad.
Um total de 430 iraquianos inscreveram-se para os voos de regresso a casa e a maioria deles já estava no aeroporto hoje de manhã, de acordo com o cônsul do Iraque na Rússia, Majid al-Kilani.
Um grande grupo de pessoas -- que, segundo a ativista de direitos humanos polaca Natalia Gebert, pode ultrapassar as 10 mil -- está, desde 8 de novembro, encurralado entre a fronteira da Bielorrússia e a da Polónia, com ambos os países a expulsarem-nos.
A maioria destas pessoas provém do Médio Oriente e quer fugir de conflitos ou da falta de condições para viver nos seus países, estando a tentar chegar à Alemanha ou a outros países da Europa Ocidental.
O Ocidente acusa o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de ter atraído os migrantes para a fronteira, com vistos e promessas de facilitar a sua entrada na UE, para os usar como forma de desestabilizar o bloco de 27 Estados e retaliar pelas sanções aplicadas ao seu regime.
A Bielorrússia nega ter orquestrado a crise e acusa, por seu lado, a Polónia de estar a violar os direitos humanos ao não deixar entrar nenhum migrante no seu país.
Segundo a agência Associated Press, cerca de 2.000 pessoas acampam ao frio nas florestas que rodeiam a fronteira, incluindo crianças, e pelo menos 11 mortes foram registadas nas últimas semanas, devido à queda das temperaturas.
Na noite de terça-feira, as autoridades bielorrussas ofereceram-se para levar as pessoas para um armazém próximo, com aquecimento, colchões, água e refeições quentes.
No dia seguinte, estavam aí hospedados cerca de 1.000 migrantes, enquanto os restantes permaneciam nos acampamentos improvisados na fronteira, de acordo com a Cruz Vermelha Bielorrussa.
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