A Alemanha registou, nas últimas 24 horas, 201 óbitos e 52.970 novos casos de Covid-19, segundo os dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Robert Koch.
Os casos ativos chegaram aos 561.400.
A incidência de casos registou um novo máximo em 12 dias consecutivos, fixando-se hoje nos 340,7 casos por 100 mil habitantes. Para efeitos de comparação, no dia anterior tinham sido registados 336,9 e há uma semana 263,7.
O governo federal e os "Länder" acordaram na quinta-feira limitar a taxa de hospitalização a partir da qual serão introduzidas restrições graduais e regionais, como afirmou a chanceler em exercício, Angela Merkel.
Assim, onde a taxa de internação ultrapassar 3/100.000 habitantes em sete dias, apenas as pessoas vacinadas ou recuperadas terão acesso a bares, restaurantes e outros espaços públicos fechados e eventos.
Se o índice chegar a 6, os imunizados também devem apresentar teste negativo e, se ultrapassado o limiar de 9, pode decidir-se o encerramento da vida pública.
A taxa de hospitalizações é de 5,30.
Atualmente, todos os estados federais excedem o limite de 3, com exceção de Hamburgo, Baixa Saxónia, Schleswig-Holstein e Sarre; Bavária excede os 6 e Saxónia-Anhalt e Turíngia os 9.
Enquanto isso, a ocupação nos cuidados intensivos é de 15,2% das camas disponíveis para a população adulta.
As regiões mais afetadas por esta nova onda de infeções são a Saxônia e a Baviera.
A Alemanha totaliza, desde o início da pandemia, 5.248.291 casos de infeção e 98.739 óbitos. Até hoje, 4.588.200 recuperaram da Covid-19 no país.
No encontro de líderes regionais com Merkel e seu provável sucessor, o social-democrata Olaf Scholz, os responsáveis concordaram com a vacinação obrigatória para profissionais que estão em contacto com pessoas vulneráveis.
Entretanto, o Bundestag (câmara baixa) aprovou na quinta-feira, com os votos dos sociais-democratas, verdes e liberais, o novo quadro jurídico preparado por esta coligação ainda em formação para combater a pandemia e cuja ratificação, hoje, na câmara alta, ameaça bloquear os conservadores.
Os deputados deram luz verde a medidas como a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou teste negativo no dia de regresso ao trabalho e nos transportes públicos, além de recomendar o teletrabalho.
Com a reforma da lei de proteção contra as doenças infecciosas pretendem substituir a chamada situação epidémica de âmbito nacional, que permite introduzir restrições sem a aprovação dos parlamentos e que caducará no próximo dia 25.
[Notícia atualizada às 10h03]
Leia Também: AO MINUTO: Maioria dos óbitos acima dos 80; Lusos infetados em Gibraltar