Em coordenação com o ex-Presidente (da Nigéria) Olusegun Obasanjo e o Presidente (do Quénia) Uhuru Kenyatta, Guterres manteve conversações telefónicas separadas com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e com o líder da Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF), Debretsion Gebremicheal, indicou, na sexta-feira, o porta-voz Stephane Dujarric.
Guterres pediu aos dois responsáveis que "terminassem os combates e iniciassem uma negociação abrangente para resolver a crise atual", acrescentou Dujarric.
Também na sexta-feira, os 15 membros do Conselho de Segurança não conseguiram chegar a acordo sobre uma declaração sobre um cessar-fogo em Tigray.
Um projeto de texto apresentado pela Irlanda, membro não permanente do Conselho, "foi bloqueado pela China e pela Rússia", disse uma fonte diplomática, que pediu o anonimato, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A missão diplomática russa reconheceu a existência de um desacordo, indicou a AFP, que adiantou não ter sido possível obter qualquer declaração da missão chinesa.
No projeto de declaração, obtido pela AFP, o Conselho de Segurança tinha apelado ao "acesso humanitário sem entraves", ao "fim das hostilidades" e ao lançamento de um "diálogo inclusivo" na Etiópia.
A guerra entre o Governo etíope e a TPLF, iniciada em 04 de novembro do ano passado, causou milhares de mortos e mais de dois milhões de deslocados.
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