Desde a semana passada que a ilha francesa Martinica está em protestos contra as restrições impostas para controlar a pandemia, protestos esses que se intensificaram na quinta-feira, depois de os manifestantes terem ferido polícias, atacado jornalistas e atirado fogo à casa do representante de estado.
Também a ilha vizinha Guadalupe tem sido alvo de manifestações. 10 pessoas foram detidas depois de terem sido feitos disparos na noite de quinta-feira, que feriram várias pessoas.
Jornalistas dos meios de comunicação franceses foram atacados pelos manifestantes e um polícia ficou gravemente ferido, tendo necessitado de cirurgia, segundo as autoridades locais.
Além disso, a multidão terá tentado lançar fogo ao portão do representante de estado, mas não causaram grande dano.
Esta sexta-feira, o governo francês reuniu-se de urgência para discutir a escalada de violência nas manifestações, que rejeitam a vacinação obrigatória para profissionais de saúde.
Alguns consideram que França está a regressar ao tempo da escravatura – sendo a população de Martinica, na sua maioria, negra – alegando que deveriam poder tomar as suas decisões no que toca a saúde da comunidade.
Os manifestantes pedem ainda salários mais altos e preços menores de energia.
Na quinta-feira, as autoridades ordenaram um recolher obrigatório, depois de os manifestantes terem ateado fogo a carros e saqueado lojas.
Em Guadalupe, os protestos começaram na semana passada, onde há uma falta de confiança histórica no controlo das crises de saúde pública, depois de serem expostos a pesticidas tóxicos usados nas plantações de banana, nos anos 70.
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