Alvin Chau "é suspeito de criar um grupo criminoso de jogo transfronteiriço, organização ilegal de operações de jogo envolvendo cidadãos chineses em salas de jogo no exterior, das quais ele é concessionário, e de participar em atividades de jogo de rede transfronteiriça, envolvendo enormes quantias de capital, tendo prejudicado gravemente a ordem social do país", segundo um comunicado das autoridades de Macau.
O grupo Suncity é o maior angariador do mundo de grandes apostadores e está presente em mais de 40% dos casinos de Macau.
O Governo de Macau indicou que foram detidas mais pessoas, mas sem precisar um número.
Por outro lado, lembrou que "todos os trabalhadores do setor do jogo (...), têm de cumprir rigorosamente as leis nacionais e as de Macau" e frisou que quando tal não sucede "os casos serão tratados com tolerância zero".
Na sexta-feira, a procuradoria da cidade de Wenzhou, leste da China, exortou Alvin Chau a entregar-se às autoridades e a cooperar com a investigação.
Segundo o comunicado emitido pela polícia local, Chau terá aliciado, no total, 80.000 apostadores do continente.
Chau desenvolveu uma rede de pessoal no interior da China, para organizar visitas a salas de jogo no exterior e participar em atividades de jogo 'online' transfronteiriças, lê-se na mesma nota.
O residente de Macau é acusado de estabelecer uma empresa de gestão de ativos na China continental para facilitar a troca de ativos por fichas de jogo, de forma a contornar o restrito controlo de saída de capitais no continente e facilitar a cobrança de dívidas contraídas pelos clientes.
A mesma fonte apurou que Chau criou uma plataforma 'online' de jogos de azar nas Filipinas e em outros locais, em 2016, visando facilitar o jogo transfronteiriço.
A polícia de Wenzhou apurou ainda a utilização de canais ilegais, como bancos clandestinos, no fornecimento de serviços de liquidação de fundos para apostadores.
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