"Estamos numa corrida contra o tempo" por causa da Omicron
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje em Riga que está em curso uma "corrida contra o tempo" para analisar a nova variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 e entender se as vacinas devem ser adaptadas.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Sabemos que agora estamos numa corrida contra o tempo", disse Von der Leyen, apelando a todos para que adotem precauções a fim de dar aos cientistas tempo para analisar a nova variante.
"Os cientistas e os laboratórios [farmacêuticos] precisam de duas a três semanas para ter um quadro completo das características das mutações nesta variante Ómicron", acrescentou Von der Leyen, que falava numa conferência de imprensa em Vílnius, com o Presidente e a primeira-ministra da Lituânia, Gitanas Nauseda e Ingrida Simonyte, respetivamente.
"Temos de ganhar tempo", continuou, renovando apelos à vacinação, ao uso de máscaras e ao respeito do distanciamento social como medidas de segurança coletiva.
Von der Leyen anunciou que um contrato assinado neste verão pela Comissão Europeia com a 'joint venture' BioNTech-Pfizer para 1,8 mil milhões de doses da vacina incluía uma cláusula que previa o caso de surgir uma variante.
Com essa cláusula, o laboratório compromete-se a conseguir adaptar a sua vacina no espaço de 100 dias, acrescentou.
A nova variante, cuja identificação foi anunciada na quinta-feira na África do Sul, já se espalhou por vários países, causando crescente preocupação, principalmente na Europa.
A covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,44 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.417 pessoas e foram contabilizados 1.142.707 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
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