Segundo a OIM, a ajuda aos cerca de 2.000 migrantes e refugiados, que estão há várias semanas junto da fronteira da Bielorrússia com a Polónia, foi dada inicialmente no final de outubro, através da Cruz Vermelha bielorrussa, mas a organização liderada por António Vitorino conseguiu fazer uma primeira visita ao local em 11 de novembro.
"Após a primeira visita à zona de fronteira de Bruzgi, em 11 de novembro, a OIM garantiu alimentos, roupas e material de higiene" para os migrantes que estavam a viver na floresta e foram, entretanto, acolhidos num armazém de logística na Bielorrússia, refere a organização em comunicado hoje divulgado.
Uma segunda visita aconteceu na quarta-feira passada, tendo "o mesmo grupo recebido água, comida e alimentos infantis", acrescentou.
A organização criada pela ONU adianta, no mesmo comunicado, ter "graves preocupações" relativamente ao bem-estar daqueles que se mantêm junto à fronteira, à espera de entrar num país da União Europeia, até porque "já foram registadas várias mortes por hipotermia" e "porque existe um grande número de mulheres e crianças no grupo".
Por isso, além do material que a OIM, a Cruz Vermelha da Bielorrússia e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) têm conseguido distribuir, a organização pretende também "expandir as oportunidades para um regresso a casa voluntário" dos migrantes.
O número total de migrantes e refugiados atualmente na Bielorrússia ronda as 7.000 pessoas, sendo que "apenas um pequeno número expressou desejo de voltar para casa voluntariamente", adianta a OIM, referindo que o Iraque -- país de origem da maioria dos presentes na fronteira -- "organizou o repatriamento de mais de 1.000 dos seus cidadãos".
A OIM anunciou ainda que continua a negociar formas de facilitar mais regressos voluntários, assegurando que consegue garantir, em duas semanas, um voo 'charter' a todos os que queiram voltar ao Iraque.
"Até agora, pelo menos 44 pessoas foram ajudadas pela OIM a voltar para casa e o processo de outras 38 está em andamento", contabiliza a organização no comunicado.
"Estamos empenhados em fornecer assistência humanitária e trabalhar com as autoridades de ambos os lados da fronteira", sublinha António Vitorino no documento.
"Aqueles que desejam regressar voluntariamente serão ajudados pela OIM a fazê-lo de uma forma segura e digna", concluiu.