"A sustentabilidade do aeroporto de Gaza não será garantida apenas pelo turismo. Não fizemos o aeroporto apenas pelo turismo", declarou o chefe de Estado, falando momentos após a inauguração da infraestrutura.
É o primeiro aeroporto da província de Gaza, sul de Moçambique, e custou cerca de 60 milhões de dólares (53,2 milhões de euros), valor atualizado hoje e revisto em baixa pelo chefe de Estado, financiado com uma doação da China.
Tem uma pista de 1,8 quilómetros e dimensão para receber cerca de 220 mil passageiros por ano.
No entanto, hoje ainda não foram anunciados voos regulares e fontes das empresas Aeroportos de Moçambique (ADM) e Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) disseram à Lusa que o dossiê ainda está em preparação.
O voo inaugural, oriundo da capital, Maputo, cerca de 200 quilómetros a sul, aterrou pelas 10:50 (08:50 em Lisboa), um avião Embraer 145 com tripulação e que no final da cerimónia levou o chefe de Estado de volta para Maputo.
Outros dois voos aterraram depois com convidados: um voo da LAM oriundo de Maputo e um outro oriundo de Nelspruit, na África do Sul, a cerca de 30 quilómetros, com convidados.
Para Filipe Nyusi, além do turismo, a província de Gaza tem um forte potencial nos setores agrícola e de recursos minerais, o que deve ser aproveitado para rentabilizar a infraestrutura.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, garantiu a viabilidade da infraestrutura.
"As potencialidades da província não deixam qualquer dúvida de que este aeroporto é viável", disse o governante, que o apresentou ainda como uma eventual alternativa ao aeroporto internacional de Maputo para algumas aeronaves.
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