Segundo a fonte, citada anonimamente pela agência noticiosa France-Presse (AFP), os Estados Unidos estão a estudar iniciativas com os aliados e parceiros para "fortalecer a credibilidade da dissuasão" contra a Rússia.
As decisões constam de um relatório do Departamento de Defesa norte-americano sobre a postura militar dos Estados Unidos no mundo, cuja conclusão foi hoje anunciada, ao fim de vários meses de análise interna.
Dado o documento ser secreto, a fonte não avançou pormenores sobre como se pretende reforçar a oposição às ambições territoriais de Moscovo ou de Pequim.
A fonte salientou que estão em curso "ajustes no destacamento" militar norte-americano na Europa e na região do Indo-Pacífico, mas lembrou que, no primeiro ano da administração de Joe Biden, não é o momento para se operarem "grandes mudanças".
O Pentágono já anunciou investimentos para modernizar a base naval dos Estados Unidos na ilha de Guam, no Pacífico, e para fortalecer a presença na Austrália, onde até agora estiveram cerca de 2.500 soldados do Corpo de Fuzileiros Navais, destacados anualmente para exercícios conjuntos.
Os resultados dessa série de iniciativas com aliados e parceiros, acrescentou a fonte, só serão visíveis no terreno "dentro de dois a três anos".
Em relação à Europa, Biden reverteu a decisão de limitar o efetivo militar norte-americano destacado na Alemanha a 2.500 militares e reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), posto em causa pelo seu antecessor, Donald Trump.
Com a retirada do Afeganistão e o regresso aos Estados Unidos das baterias antimísseis 'Patriot', que se encontravam na Arábia Saudita após o disparo de mísseis nos campos de petróleo atribuídos a grupos pró-iranianos, a postura militar norte-americana no Médio Oriente aparenta ser reduzida.
No Iraque, Washington concluiu no verão um acordo com o governo iraquiano que prevê a saída até o final do ano de todas as "forças de combate" do país, ainda que ali permaneçam 2.500 soldados americanos.
Hoje, a fonte citada pela AFP garantiu que o compromisso de Washington é "continuar a apoiar a coligação contra o grupo Estado islâmico (EI).
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