Guterres "profundamente preocupado" com insegurança no Congo

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "profundamente preocupado" com a insegurança no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), num relatório apresentado na terça-feira ao Conselho de Segurança.

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Lusa
01/12/2021 17:37 ‧ 01/12/2021 por Lusa

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O documento não faz referência ao recente envolvimento militar do Uganda naquela região contra os rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês).

"Continuo profundamente preocupado com a insegurança persistente em Ituri, Kivu do Norte e Kivu do Sul", disse o chefe da ONU no relatório, ainda não divulgado e citado hoje pela agência noticiosa francesa AFP.

"Exorto as autoridades nacionais, provinciais e locais a empenharem-se de forma proativa nos esforços para neutralizar os conflitos intercomunais e realizar as reformas necessárias que fortalecerão a autoridade do Estado, protegerão os civis, especialmente mulheres e crianças, e ajudarão a estabilizar essas áreas", lê-se no documento.

"Relativamente ao atual estado de sítio em Kivu do Norte e Ituri, renovo o meu apelo ao respeito das obrigações internacionais em matéria de direitos humanos e direito humanitário da República Democrática do Congo. Apelo também às autoridades competentes para que ajam com contenção e transparência na aplicação desta medida de emergência", salientou Antonio Guterres.

A declaração de "estado de sítio" foi estabelecida por Kinshasa no início de maio e não parece ter tido efeitos no fim da violência protagonizada por vários grupos armados, incluindo as ADF, responsáveis pelos massacres de civis no leste da RDCongo e acusadas pelo Uganda da autoria de ataques recentes reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.

A próxima reunião regular do Conselho de Segurança sobre a RDCongo está marcada para o próximo dia 06 de dezembro, mas uma sessão de emergência pode ser decidida até lá, se necessário.

As primeiras forças terrestres ugandesas foram vistas a entrar em território da RDCongo na terça-feira, após ataques aéreos e fogo de artilharia contra as posições das ADF.

Leia Também: ONU reitera preocupação devido a ataques de grupos rebeldes na RDCongo

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