Países Baixos contra limitar para nove meses passaporte sanitário na UE
Os Países Baixos opõem-se à proposta de Bruxelas de limitar a validade do passaporte covid na UE para nove meses, e defendem que os que já têm a vacinação completa possam viajar durante um ano sem dose de reforço.
© Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images
Mundo Covid-19
A Comissão Europeia propôs na semana passada ajustar as regras para viagens dentro da UE a partir de 10 de janeiro e defendeu que o passaporte covid deve caducar nove meses depois da última imunização recebida, o que pressupõe que quem recebeu a última dose em 10 de abril deixa de ser considerado totalmente vacinados.
Um porta-voz do Ministério da Saúde dos Países Baixos explicou ao diário De Telegraaf que "o período de validade proposto de nove meses para os certificados de vacinação é demasiado curto".
"Embora a proteção das vacinas tenha diminuído um pouco nos últimos tempos, mesmo depois de passados 12 meses, todavia é uma boa proteção contra os efeitos graves da doença e a morte" por covid-19.
Outros Estados-membros da UE consideram ainda que nove meses é demasiado tempo e estão a encurtar a validade do passaporte covid.
A França defende uma validade de sete meses depois da última dose, enquanto Portugal colocou praticamente de lado o passaporte covid passando a exigir um teste negativo a todos os que entrem de avião no país, mesmo os que viajam a partir de Estados-membros da UE.
Os Países Baixos foram um dos últimos países da UE a ministrar as doses de reforço e a lentidão na administração das vacinas pode deixar muitos holandeses sem possibilidade de circular pela zona comunitária com o passaporte covid.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.458 pessoas e foram contabilizados 1.151.919 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
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