EUA sem otimismo sobre regresso do Irão ao acordo nuclear

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse hoje que os EUA não estão otimistas quanto ao regresso do Irão ao acordo sobre o nuclear, apesar do reinício das negociações, mas considerou haver tempo para o obter.

Notícia

© Getty Images

Lusa
02/12/2021 19:29 ‧ 02/12/2021 por Lusa

Mundo

Nuclear

"Devo dizer-vos que as recentes medidas, as recentes declarações, não são de natureza a tornarmo-nos otimistas", indicou Blinken no decurso de uma conferência de imprensa em Estocolmo, à margem de uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Mas mesmo que o tempo passe, ainda não é demasiado tarde para que o Irão mude de atitude e dialogue de forma significativa num esforço" para recuperar o acordo de 2015 destinado a impedir Teerão de possuir a bomba atómica, acrescentou o chefe da diplomacia de Washington.

Hoje, o primeiro-ministro israelita Naftali Bennett, no decurso de um contacto telefónico, pediu a Blinken o "fim imediato" das negociações sobre o programa nuclear iraniano que foram retomadas na segunda-feira em Viena após cinco meses de interrupção.

Interrogado sobre este pedido, o chefe da diplomacia de Washington não se pronunciou diretamente.

"Vamos saber muito rapidamente, dentro de um ou dois dias, se o Irão é sério, ou não", referiu apenas. "Num futuro próximo poderemos observar se o Irão pretende dialogar de boa-fé", acrescentou.

O designado JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global), concluído em 2015 entre o Irão e seis potências (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) está moribundo desde 2018, após a administração do então Presidente Donald Trump ter denunciado o acordo para impor a Teerão um verdadeiro bloqueio económico através de pesadas sanções.

Pelo contrário, o acordo de 2015 oferecia a Teerão um levantamento de parte das sanções em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear, colocado sob o controlo da ONU.

Em resposta à decisão de Trump, o Irão optou por renunciar aos seus compromissos, e agora exige o fim das sanções como primeira medida para o regresso aos compromissos de 2015.

O atual Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu por sua vez disponibilidade para regressar ao acordo, caso o Irão reimponha as suas restrições nucleares.

Leia Também: EUA anuncia sanções inéditas contra a Rússia se esta atacar a Ucrânia

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas