Proibição da entrada de viajantes de África "não é uma punição" para EUA
Os Estados Unidos da América (EUA) explicaram quinta-feira que a proibição da entrada de viajantes de apenas oito países africanos, incluindo Moçambique, em território norte-americano, "não é uma punição", mas uma recomendação, apesar da crescente preocupação com a Ómicron.
© Reuters
Mundo Covid-19
"<span class="news_bold">Estamos em contacto diplomático com os líderes desses países sobre as medidas que implementamos", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
O acesso ao solo norte-americano é proibido a pessoas provenientes da África do Sul, Botswana, Zimbabué, Namíbia, Lesoto, Eswatini (antiga Suazilândia), Moçambique e Malawi, devido a disseminação da nova variante da covid-19, a Ómicron.
"Não se trata de uma punição, são medidas recomendadas pelos nossos responsáveis de saúde e pelos nossos especialistas. Ninguém quer que isto seja permanente", adiantou Jen Psaki, em conferência de imprensa.
As restrições com enfoque em África está a atrair muitas críticas, já que a nova variante da covid-19 é detetada em todo o mundo, inclusive nos EUA.
Até agora, só foram identificados casos de infeção por Ómicron em quatro países africanos (África do Sul, Gana, Nigéria e Botswana).
Os EUA não foram os únicos a tomar medidas restritivas. Muitos países encerraram as suas fronteiras para todos os viajantes provenientes da África do Sul, onde a nova variante foi detetada inicialmente.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, denunciou hoje "toda uma forma de apartheid sanitário", cujo país se encontra parcialmente isolado do resto do mundo.
As restrições às viagens impostas à África Austral por muitos países ocidentais equivalem à "afrofobia", denunciando, por seu turno, o Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que, em geral, o encerramento de fronteiras é desnecessário.
Questionada se, diante da disseminação da Ómicron, os EUA iriam impor restrições a outros países afetados ou, pelo contrário, levantariam as existentes, Jen Psaki respondeu: "Vamos estudar os dois" caminhos.
A covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.471 pessoas e foram contabilizados 1.154.817 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 19 casos em Portugal.
Leia Também: EUA sem otimismo sobre regresso do Irão ao acordo nuclear
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com