"A IATA pediu aos governos que sigam os conselhos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e rescindam imediatamente as proibições de viagens que foram introduzidas em resposta à variante Ómicron do coronavírus", lê-se num comunicado da organização que reúne grande parte das companhias aéreas mundiais, publicado na sua página oficial na internet.
A IATA sublinhou que as restrições aéreas foram desencorajadas pela OMS e outras organizações de saúde pública.
"Depois de dois anos de covid-19, sabemos muito sobre o vírus e a inutilidade das restrições de viagens para controlar a sua transmissão, mas o surgimento da variante Ómicron provocou uma amnésia instantânea", lamentou o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, citado na mesma nota.
Neste sentido, a organização pediu que se ponha fim ao "caos" causado pela emergência gerada pela deteção da variante Ómicron e que se acabe com "medidas descoordenadas, sem fundamento e sem avaliação de risco que os viajantes enfrentam".
A IATA apelou ainda para que, no futuro, as estratégias para a aviação civil sejam adaptáveis, proporcionais, não discriminatórias e frequentemente revistas à luz dos dados mais recentes da pandemia, que causou grandes perdas à indústria aérea nos últimos dois anos.
A covid-19 provocou pelo menos 5.270.700 mortes em todo o mundo, entre mais de 266,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.587 pessoas e foram contabilizados 1.177.706 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
Leia Também: OMS pede revisão de planos de resposta nacionais face a nova variante