"Sabemos como a presença na escola é importante para o bem-estar das crianças e dos jovens, por isso estamos a acrescentar uns dias às férias de Natal, mas o plano não é voltar a ter um longo encerramento", afirmou a primeira-ministra, Mette Frederiksen, numa conferência de imprensa, garantindo querer "manter a sociedade aberta o máximo de tempo possível".
Segundo o diretor da autoridade dinamarquesa de controlo das doenças infecciosas, Henrik Ullum, a situação é "extremamente séria".
As autoridades registaram 6.629 novos contágios nas últimas 24 horas, ultrapassando os mais de 2.000 casos de dezembro de 2020.
Na última semana, o número de infeções registou o máximo histórico de 35.814 casos, um aumento de 19% face à semana anterior.
As férias escolares do Natal deveriam começar no dia 17 e terminar a 03 de janeiro, mas as escolas vão encerrar a partir do dia 15 até 05 de janeiro.
A partir de sexta-feira, bares e restaurantes, onde o uso da máscara volta a ser de novo obrigatório, vão encerrar à meia-noite e fica interdita a venda de álcool depois dessa hora.
Depois de viver dois meses sem restrições, o país reintroduziu o passe sanitário e o uso obrigatório da máscara.
Dinamarca regista 577 casos confirmados da variante Ómicron, o primeiro dos quais detetado a 22 de novembro.
Para Ullum, a variante é "perigosa pelas suas inúmeras mutações e por se ter expandido rapidamente pelo mundo".
"Supomos que a Ómicron provoque sintomas semelhantes às variantes anteriores do vírus", acrescentou.
Com 5,8 milhões de habitantes, a Dinamarca é um dos países que melhor se apetrechou na identificação rápida de novos casos, o que também explica o número de contágios.
80% da população com mais de 5 anos está vacinada e mais de um milhão de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.270.700 mortes em todo o mundo, entre mais de 266,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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