Em Barcelona, entre mil e 1.500 pessoas, segundo a polícia, protestaram contra o passe sanitário em vigor na região da Catalunha, percorrendo ruas do centro da cidade.
De acordo com a Agência France Presse, os manifestantes empunhavam bandeiras e cartazes onde se lia: "Passaporte sanitário = Estado totalitário", "Não ao passaporte nazi", "governos e cuidadores = assassinos", "Passe covid: ditadura".
"Não é uma pandemia, é uma ditadura", gritavam os manifestantes, que saíram à rua pela segunda semana consecutiva e que pretendem continuar a juntar-se todos os sábados "por amor, pela vida e a liberdade" o passe sanitário, de acordo com as palavras de ordem.
Em Espanha, onde a saúde é uma competência das regiões, as decisões relativas ao combate à pandemia da covid-19 são tomadas a nível local.
Ao contrário das vizinhas França e Itália, Espanha, um dos países mais avançados na vacinação, com 91.4% da população com mais de 12 anos com o esquema vacinal completo, rejeitou até outubro a ideia de um passe sanitário para aceder a locais abertos ao público.
No Luxemburgo, foram centenas as pessoas que saíram hoje às ruas em protesto contra as medidas 'anti-covid' adotadas no grã-ducado, sob elevada vigilância da polícia, que, de acordo com a Agência France Presse, recorreu a um canhão de água e fez várias detenções.
"Não a estas leis liberticidas", "não a esta obrigação de vacinação indireta", lia-se nos cartazes empunhados pelos manifestantes que gritavam "Liberdade, Liberdade, Liberdade" e, de acordo com a polícia, eram cerca de 500.
O protesto, acompanhado por um helicóptero e por drones, foi vigiada de perto pela polícia luxemburguesa, apoiada por reforços da vizinha Bélgica.
A polícia utilizou um canhão de água para afastar um grupo de manifestantes que tentou forçar uma barreira que bloqueava o acesso ao centro da cidade, atirando petardos e bombas de fumo.
As autoridades detiveram cerca de uma dezena de manifestantes.
"O Governo pressiona a população fazendo chantagem na vida social e na vida profissional", afirmou um manifestante, em declarações à Agência France Presse.
As restrições foram recentemente reforçadas no Luxemburgo, com a obrigação de se apresentar um passe sanitário (atestando se o titular está vacinado contra a covid-19 ou curado da doença) no setor do lazer, e não apenas um teste negativo.
Além disso, a partir de 15 de janeiro passa a ser exigido nas empresas um certificado de vacinação ou um teste negativo com menos de 48 horas.
Os internamentos em cuidados intensivos e as infeções aumentaram nas últimas semanas no Luxemburgo, onde 78% dos maiores de 12 anos estão vacinados.
A covid-19 provocou pelo menos 5.286.793 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,88 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.645 pessoas e foram contabilizados 1.190.409 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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