O registo do processo federal mostra que foi marcada uma audiência para quarta-feira, para alterar a declaração de culpabilidade no caso e, segundo a agência de notícias norte-americana, este tipo de notificações indicam que o réu está a planear declarar-se culpado.
O ex-agente da polícia já foi condenado a 22 anos e meio de prisão pelas acusações de assassinato e homicídio involuntário por ter pressionado o joelho contra o pescoço de Floyd enquanto o cidadão negro se queixava de que não conseguia respirar, durante a sua detenção, em 25 de maio de 2020.
Chauvin e outros três ex-agentes (Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao) foram julgados no final de janeiro sob acusações federais de terem violado deliberadamente os direitos de George Floyd, mas as informações hoje reveladas não dão nenhuma indicação de que também estes pretendam declarar-se culpados.
Todos os quatro polícias foram acusados em tribunal federal de privar Floyd dos seus direitos enquanto estava sob custódia, mas a acusação a Chauvin alegou ainda que o ex-agente de Minneapolis violou o direito de Floyd de ser livre de detenção inapropriada e de uso de força desproporcional por parte da polícia.
Desconhece-se, no entanto, se Chauvin planeia declarar-se culpado de todas ou de apenas algumas das acusações federais relacionadas com a morte de George Floyd.
A detenção e morte de Floyd foi gravada em vídeo, com um telemóvel, por um transeunte, e deu origem a uma onda de protestos em todo o país e no mundo, apelando para o fim da desigualdade racial e dos maus-tratos policiais aos cidadãos negros.
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