A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou esta terça-feira a favor de uma proposta dos democratas para que o Departamento de Estado norte-americano tome passos contra a islamofobia. A medida surge depois de uma congressista republicana ter proferido ofensas raciais contra uma colega democrata.
A medida foi aprovada com 219 votos a favor e 212 contra.
A proposta da congressista democrata Ilhan Omar prevê a criação de um mecanismo especial de monitorização e de combate à islamofobia, bem como a inclusão da violência contra muçulmanos incitada pelo Estado nos relatórios anuais de direitos humanos do departamento.
“Estamos no meio de uma impressionante subida da violência e descriminação contra muçulmanos em todo o mundo”, disse Omar, acrescentando que a “islamofobia é um fenómeno global”, pelo que são necessários “esforços globais para a combater”.
A aprovação da medida surge depois de a congressista republicana Lauren Boebert ter sido filmada a proferir insultos anti-islâmicos contra Omar, muçulmana nascida na Somália.
Over the Thanksgiving break, Lauren Boebert said she was recently in a Capitol elevator with Ilhan Omar when a fretful Capitol police officer ran up.
— PatriotTakes 🇺🇸 (@patriottakes) November 25, 2021
Lauren Boebert said: “Well, she doesn’t have a backpack. We should be fine.”
Boebert then called Ilhan Omar, “jihad squad.” pic.twitter.com/Y7f0nFbnud
O comentário levou a que os democratas votassem pela destituição das funções de Boebert no seu comité, bem como a críticas da republicana Nancy Mace.
Ainda assim, os congressistas republicanos consideraram a proposta parcial e apressada.
Na verdade, o debate começou uma hora depois de o republicano Scott Perry ter acusado Omar de ser antissemítica e de estar afiliada a organizações terroristas, o que foi considerado inapropriado e impugnante da reputação da congressista pela Câmara.
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