Covid-19: Quénia confirma surto de gripe A em plena pandemia

As autoridades sanitárias quenianas confirmaram hoje um surto do vírus da gripe A, em plena pandemia de covid-19 e após a deteção dos primeiros casos da nova variante Ómicron na quarta-feira.

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Lusa
16/12/2021 15:01 ‧ 16/12/2021 por Lusa

Mundo

Pandemia

"No mês passado, tivemos muitas crianças com gripe, febre alta e dor de garganta", disse o diretor de Saúde Pública de Kisumu (oeste do país), Frederick Oluoch, citado pela imprensa local.

Depois de as autoridades locais terem dado o alarme, o Instituto de Pesquisa Médica do Quénia (KEMRI, na sigla em inglês) efetuaram um estudo em setembro e novembro que finalmente confirmou o surto de gripe A.

O estudo baseou-se na análise de 36 amostras -- recolhidas de crianças entre os 3 e 14 anos -, quatro das quais deram positivo para gripe A.

"Isso significa que o vírus está a circular entre a população e as crianças podem estar a contagiar os adultos", explicou Oluoch.

O Hospital Nacional Kenyatta, em Nairobi, o maior centro médico público do Quénia, oferece vacinas gratuitas para combater a gripe A, que é mais grave do que a sazonal, pois é relativamente nova, tendo surgido em 2009 e o corpo humano não produz anticorpos de forma natural.

Nas últimas semanas, as autoridades quenianas também detetaram aumentos no número diário de casos confirmados do novo coronavírus.

Até agora, o Quénia registou mais de 256.800 casos de covid-19, com 5.350 óbitos.

O ministro da Saúde queniano, Mutahi Kagwe, confirmou na quarta-feira que o Quénia detetou os três primeiros casos da variante Ómicron em viajantes que entraram no país.

O KEMRI aconselhou hoje os quenianos a continuarem a observar os protocolos para prevenir a propagação da doença covid-19 e apelou a que um maior número de pessoas sejam imunizadas.

Até agora, o Quénia vacinou apenas cerca de 10% dos adultos contra a covid-19.

Globalmente, os vírus da gripe causam anualmente entre 290.000 e 645.000 mortes, das quais 17% ocorrem em países da África subsaariana, segundo um estudo de 2020 de várias universidades e instituições no Quénia, Serra Leoa e Estados Unidos.

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