"No mês passado, tivemos muitas crianças com gripe, febre alta e dor de garganta", disse o diretor de Saúde Pública de Kisumu (oeste do país), Frederick Oluoch, citado pela imprensa local.
Depois de as autoridades locais terem dado o alarme, o Instituto de Pesquisa Médica do Quénia (KEMRI, na sigla em inglês) efetuaram um estudo em setembro e novembro que finalmente confirmou o surto de gripe A.
O estudo baseou-se na análise de 36 amostras -- recolhidas de crianças entre os 3 e 14 anos -, quatro das quais deram positivo para gripe A.
"Isso significa que o vírus está a circular entre a população e as crianças podem estar a contagiar os adultos", explicou Oluoch.
O Hospital Nacional Kenyatta, em Nairobi, o maior centro médico público do Quénia, oferece vacinas gratuitas para combater a gripe A, que é mais grave do que a sazonal, pois é relativamente nova, tendo surgido em 2009 e o corpo humano não produz anticorpos de forma natural.
Nas últimas semanas, as autoridades quenianas também detetaram aumentos no número diário de casos confirmados do novo coronavírus.
Até agora, o Quénia registou mais de 256.800 casos de covid-19, com 5.350 óbitos.
O ministro da Saúde queniano, Mutahi Kagwe, confirmou na quarta-feira que o Quénia detetou os três primeiros casos da variante Ómicron em viajantes que entraram no país.
O KEMRI aconselhou hoje os quenianos a continuarem a observar os protocolos para prevenir a propagação da doença covid-19 e apelou a que um maior número de pessoas sejam imunizadas.
Até agora, o Quénia vacinou apenas cerca de 10% dos adultos contra a covid-19.
Globalmente, os vírus da gripe causam anualmente entre 290.000 e 645.000 mortes, das quais 17% ocorrem em países da África subsaariana, segundo um estudo de 2020 de várias universidades e instituições no Quénia, Serra Leoa e Estados Unidos.
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