A publicação do vídeo coincidiu com a data de uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador brasileiro), que autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças entre os 05 e 11 anos.
Essa ampliação do plano de vacinação, porém, dependerá do Governo, segundo a própria Anvisa, cuja função se limita a investigar a existência de riscos e autorizar o uso de antígenos.
Bolsonaro não relacionou essa decisão do regulador sanitário com o vídeo, que publicou sem comentário algum.
Nas imagens, o homem, não identificado, diz que quando as pessoas foram vacinadas contra outras doenças no passado, entre as quais a poliomielite, "nunca mais tiveram essas doenças".
O homem então sugere, tal como o próprio Bolsonaro, que as vacinas contra a covid-19 são "experimentais" e que os cidadãos agora foram levados a tomá-las porque ofereceriam a mesma imunidade.
"Todo o mundo foi induzido a tomar essa porcaria porque achou que estaria imune. Resultado: os que se vacinaram estão passando a doença e não estão imunes", disse.
O homem acrescenta ainda que "tem gente morrendo por outras causas e dão o nome de variante omicron ou outra coisa", conclui o homem, que acrescenta que "o que as pessoas querem é liberdade de escolha".
O Brasil é, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia, um dos três países mais afetados pela pandemia no mundo e, até o momento, soma mais de 617 mil mortes e 22,2 milhões de infeções.
A incidência da pandemia, no entanto, diminuiu nos últimos meses graças ao avanço da vacinação, apoiada pela grande maioria dos brasileiros.
Apesar disso, Bolsonaro gaba-se de não ter sido vacinado e não cessa sua campanha contra as vacinas, tendo já chegado a partilhar a falsa informação de que a vacina contra a covid-19 está relacionada com o desenvolvimento de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
A covid-19 provocou pelo menos 5.328.762 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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