"Existem regras semelhantes num grande número de países (...) Mas, se surgirem problemas, resolveremos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, explicando que o Presidente russo, Vladimir Putin, "apoia o estabelecimento das condições mais confortáveis possível para os empresários estrangeiros", desde que estes cumpram as regras sanitárias necessárias.
De acordo com uma lei que entra em vigor em 29 de dezembro, os trabalhadores estrangeiros presentes na Rússia serão obrigados a passar por uma série de exames médicos, incluindo sangue e urina, HIV, sífilis, tuberculose (raios X dos pulmões), lepra, covid-19 e narcóticos.
Os exames também se estendem aos seus familiares a partir dos seis anos de idade e a todos os estrangeiros, mesmo aqueles que não trabalham, que passem mais de 90 dias na Rússia, ficando excluídos apenas diplomatas e cidadãos da Bielorrússia.
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde russo informou ainda que não será necessário repetir os exames trimestralmente, ao contrário do que indicava um decreto de novembro.
O anúncio da nova medida está a gerar protestos entre organizações empresariais estrangeiras, incluindo a Câmara de Comércio Americana e a Associação de Negócios Europeus.
As novas regras também abrangem as centenas de milhares de trabalhadores oriundos das ex-repúblicas soviéticas, considerados essenciais para o funcionamento da economia russa.
Nos últimos anos, a comunidade empresarial estrangeira na Rússia tem sido fortemente afetada pelas sanções de Moscovo contra certos produtos ocidentais e por vários processos judiciais contra gestores.
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