O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde canadiano Jean-Yves Duclos numa conferência de imprensa.
Os voos procedentes dos 10 países -- África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Egito, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Nigéria e Zimbabué -, voltam a ser permitidos a partir das 00:00 de sábado.
A proibição existente foi justificada após o surgimento da variante Ómicron, depois de confirmar que a transmissão comunitária em larga escala desta nova cepa do vírus já está presente no Canadá.
No anúncio, Jean-Yves Duclos acrescentou que será restabelecida a necessidade de todas as pessoas que chegam de avião fazerem o teste PCR no prazo máximo de 72 horas antes de viajar para o país.
Duclos considerou que face à transmissão comunitária da variante Ómicron no Canadá já não faz sentido manter a proibição daqueles voos.
Hoje, a província de Quebeque anunciou 3.768 novos casos de covid-19, um número recorde desde o início da pandemia, enquanto a vizinha província de Ontário registou 3.124 casos.
Em todo o país, o número de casos da doença está a aumentar rapidamente devido à disseminação da variante Ómicron.
Na quinta-feira foram registadas 6.943 infeções em todo o país, 120% a mais que no passado dia 01 de dezembro.
Nesta semana, a diretora médica do Canadá, Theresa Tam, alertou que nos próximos dias o número de casos diários pode chegar a 12 mil, embora as previsões mais pessimistas apontem para até 26 mil casos diários.
Perante esta situação, todas as províncias do país estão a aplicar novas restrições em relação aos feriados de Natal e o governo federal avisou esta semana que os canadianos devem cancelar todas as viagens internacionais consideradas não essenciais.
A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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