Operações aéreas restringidas até 18 de janeiro de 2022 na Venezuela

A Venezuela voltou a restringir as ligações aéreas comerciais de passageiros, até o próximo 18 de janeiro de 2022, com as autoridades locais a apelarem às companhias aéreas e agentes de viagem a não venderem bilhetes para rotas não autorizadas.

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Lusa
20/12/2021 06:23 ‧ 20/12/2021 por Lusa

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Venezuela

"O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil  (...) informa ao público em geral, aos exploradores aéreos e agencias de viagem que continuam as restrições nas operações da aviação comercial, aviação geral e privada, desde e para a República da Venezuela", explica um comunicado divulgado em Caracas.

Segundo o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), as restrições têm lugar em cumprimentos das diretrizes do Governo venezuelano "a fim de garantir a saúde os cidadãos que residem no país, através de políticas que permitam mitigar os efeitos ocasionados pela pandemia gerada pela covid-19".

"De maneira excecional, unicamente se encontram autorizadas as operações comerciais aéreas para o transporte de passageiros entre a República Bolivariana da Venezuela e os países irmãos da Turquia, México, Panamá, República Dominicana, Bolívia, Rússia e Cuba", explica o INAC.

No comunicado o INAC apela "aos exploradores aéreas e agências de viagem a não comercializar bilhetes em rotas distintas às aprovadas pelo Executivo" e pede "aos cidadãos em geral a que não adquiram passagens aérea em rotas distintas às autorizadas".

Em 12 de dezembro, o embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de Sousa Amaro, queixou-se que a Venezuela não tem respondido aos pedidos de autorização para que a TAP realize voos humanitários entre Caracas e Lisboa, apesar de ter autorizado outras companhias.

"Nós, a TAP e a nossa embaixada em nome da TAP, fizemos um pedido para dois voos humanitários em dezembro e dois voos humanitários em janeiro. O primeiro voo do mês de dezembro teria saído hoje (12 de dezembro). Infelizmente não se realizou porque as autoridades venezuelanas ainda não nos deram resposta, não obstante as insistências e os pedidos que temos feito para que permitam esses voos", disse Carlos de Sousa Amaro à Agência Lusa.

Questionado sobre qual poderá ser o motivo para tal situação, Carlos de Sousa Amaro frisou: "não faço a mínima ideia. A nossa Embaixada tem feito várias insistências, mas até agora não temos tido qualquer resposta".

O embaixador explicou que ele próprio vai passar o Natal com a família, a Portugal, e viajará via Istambul.

Vários agentes de viagem, consultados pela agência Lusa, explicaram que a comunidade portuguesa local tem perguntado frequentemente pela retoma dos voos diretos a Portugal.

Também que não entendem qual o motivo por que várias companhias foram autorizadas a fazer voos aéreos na época do Natal, nomeadamente entre Caracas e Madrid.

A imprensa venezuelana deu conta que as autoridades venezuelanas autorizaram várias empresas a efetuar voos aéreos para Madrid, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

Em 2020, Portugal repatriou mais de 1.200 portugueses, em cinco voos de repatriamento. Três desses voos foram realizados pela TAP.

A Venezuela está desde 13 de março de 2020 em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.778 pessoas e foram contabilizados 1.225.102 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Leia Também: Milhares de belgas manifestam-se contra reforço das restrições

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