Covid-19. Patronato moçambicano satisfeito com manutenção de medidas

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação empresarial do país, considerou hoje que a manutenção das restrições impostas no âmbito do combate à covid-19 vai assegurar o equilíbrio entre a saúde e a economia.

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Lusa
21/12/2021 14:49 ‧ 21/12/2021 por Lusa

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Covid-19

Na segunda-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, suspendeu o recolher obrigatório para os dias das festas de Natal e de fim de ano, mantendo a maioria das restrições relacionadas com a prevenção da covid-19 no país.

"Excecionalmente, é suspenso o horário da recolha obrigatória na noite do dia 24 a 25 e na noite de 31 de dezembro a 01 de janeiro, para permitir que as famílias possam comemorar estes momentos em comunhão", disse o chefe de Estado moçambicano, durante uma comunicação à nação.

O presidente do pelouro do Turismo na CTA, Mohammad Abdullah, elogiou a decisão do chefe de Estado, assinalando que vai proporcionar uma oportunidade para a recuperação dos danos que o setor tem vindo a sofrer, devido ao impacto negativo da covid-19.

Abdullah falava durante o ato que marcou o lançamento da quadra festiva para a área do turismo.

"Esta postura de manutenção das medidas, ou seja, o não agravamento, demonstra o compromisso do Governo com a necessidade de assegurar o equilíbrio entre a saúde e a economia", declarou.

A medida tomada pelo Presidente da República, prosseguiu, vai garantir a dinâmica económica e a manutenção dos postos de trabalho.

"O setor do turismo foi e continua a ser, sem dúvida, o mais afetado pela pandemia", observou o presidente do pelouro do turismo da CTA.

Muhammad Abdullah apelou aos operadores do setor e à população, em geral, para receberem os turistas com carinho, tornando a sua presença no território nacional a mais agradável possível.

"Para que a nossa convição se torne uma realidade, contamos com o apoio do setor público", referiu.

Abdullah frisou que a decisão do executivo irá permitir que as empresas continuem a funcionar e possam aproveitar a quadra festiva para minimizar as perdas que vêm registando, devido aos impactos do novo coronavírus, sobretudo o setor da hotelaria e restauração.

No sua mensagem na segunda-feira, o Presidente moçambicano manteve quase todas as medidas, tendo vedado as visitas aos reclusos devido ao "aumento exponencial" de casos nas cadeias, bem como reduzido o número de visitantes aos doentes nos hospitais de dois para um por dia.

As medidas vão vigorar por mais 30 dias, a partir de terça-feira e até dia 19 de janeiro de 2022.

"Que fique claro que a intenção do Governo não é de castigar o cidadão, mas é de chamar a atenção e [apelar] à consciência", referiu.

O Presidente moçambicano alertou para a "evolução gigantesca e preocupante" da taxa de positividade semanal no país, que subiu de 0,4% para 24,5% nas últimas quatro semanas.

"A transmissão da pandemia é mais elevada na zona sul do país", destacou Nyusi, referindo que se vai intensificar a fiscalização e, ultrapassando-se a linha vermelha, "serão tomadas medidas mais drásticas".

De acordo com o chefe de Estado, 7,8 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus no país, das quais 5,4% estão completamente vacinadas.

Moçambique tem um total acumulado 1.952 óbitos e 160.457 casos, dos quais 150.484 recuperados.

Leia Também: Portugal renovou moratórias a Cabo Verde, Moçambique e São Tomé

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