O Departamento da Gestão de Terras (BLM, na sigla em Inglês) aprovou dois projetos solares no condado de Riverside, a leste de Los Angeles, que podem gerar até 465 megawatts de eletricidade, capazes de fornecer energia a 132 mil habitações.
Estes projetos inserem-se nos esforços do governo do presidente Joe Biden para contrariar as alterações climáticas, saindo dos combustíveis fósseis.
A aprovação de uma terceira instalação, planeada para 500 megawatts e conhecida como Oberon, é esperada para os próximos dias, adiantaram os dirigentes do BLM.
Por outro lado, o Departamento disponibilizou terras a eventuais interessados, dentro de "zonas de energia solar" nos Estados do Colorado, Nevada e Novo México, que cobrem 360 quilómetros quadrados.
A solicitação de manifestações de interesse é feita quando o governo está a promover o desenvolvimento de energia eólica e solar em terras públicas e no mar para reduzir os gases com efeito de estufa que estão a aquecer o planeta.
A diretora do BLM, Tracy Stone-Manning, afirmou, em comunicado, que o apoio governamental para a energia renovável era prioridade para o Departamento, que controla cerca de um milhão de quilómetros quadrados de terra, na sua maioria nos Estados ocidentais.
No início de dezembro, o BLM divulgou a intenção de reduzir os montantes as rendas e de outros custos pagos pelas companhias autorizadas a construir projetos solares e eólicos em terras públicas.
As recentes ações de Biden marcam um acentuado afastamento das políticas do seu antecessor, Donald Trump, de ênfase na extração de carvão, petróleo e gás.
As zonas de desenvolvimento da energia solar foram identificadas inicialmente durante a presidência de Barack Obama, que em 2012 adotou planos para o seu desenvolvimento industrial nos Estados do Arizona, Califórnia, Colorado, Nevada, Novo México e Utah.
Até agora, já foram identificados 3,50 quilómetros quadrados de terra pública para serem arrendadas, com vista ao desenvolvimento de indústria solar.
Se toda esta terra fosse usada para a produção de energia solar, esta poderia atingir os 100 gigawatts, bastantes para abastecer 29 milhões de habitações.
Esta capacidade de produção é igual à já existente nos EUA, onde a relativa às terras federais é apenas uma pequena fração.
A energia solar produzida nas terras privadas e públicas representa três por cento da produção total de eletricidade nos EUA, em 2020.
Mas depois de os custos de produção terem caído acentuadamente durante a última década, esta percentagem deve acrescer acentuadamente, para mais de 20%, segundo as previsões da Agência de Informação de Energia (EIA, na sigla em Inglês), divulgadas em novembro.
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