China diz que Covid-19 vai levar Macau a pensar sobre desenvolvimento

O Presidente da China afirmou hoje que a pandemia da covid-19 trouxe um maior conhecimento dos problemas da estrutura económica de Macau e vai obrigar a "uma reflexão mais profunda" sobre o desenvolvimento da região.

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Lusa
22/12/2021 16:47 ‧ 22/12/2021 por Lusa

Mundo

Xi Jinping

"A pandemia (...) obrigou as pessoas a refletirem. Assim, todos os setores da sociedade de Macau têm agora um conhecimento mais claro sobre os problemas existentes na estrutura económica e terão de fazer uma reflexão mais profunda sobre a direção do desenvolvimento da região", afirmou Xi Jinping, no audiência concedida ao chefe do executivo do território, Ho Iat Seng.

Xi considerou que Macau manteve, neste ano, um desenvolvimento estável e preveniu e controlou a situação pandémica, ao concretizar a 'meta dinâmica de infeção zero' para garantir a normalização da passagem fronteiriça com o interior da China, de acordo com um comunicado distribuído pelo Gabinete de Comunicação Social do território.

A economia de Macau está a recuperar gradualmente, os grupos mais vulneráveis e as micro e pequenas empresas têm recebido assistência, disse.

Por outro lado, o executivo da região administrativa especial chinesa tem "constantemente aperfeiçoado" o regime jurídico de defesa da segurança nacional e o mecanismo de execução, tendo concluído com êxito as eleições para a VII Assembleia Legislativa e a aplicação do princípio base 'Macau governado por patriotas', acrescentou.

O Presidente chinês lembrou que o Governo central aprovou o projeto de construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin [Ilha da Montanha], o qual "contribui para o novo avanço da integração de Macau no desenvolvimento" do país.

"A pátria é sempre o forte apoio para a manutenção da estabilidade e da prosperidade de Macau a longo prazo. Deste modo, o Governo central vai continuar a cumprir firme e escrupulosamente o princípio de 'um país, dois sistemas' e apoiar plenamente a diversificação adequada da economia" do território, reiterou.

Por seu lado, Ho Iat Seng disse que "as grandes conquistas do desenvolvimento do país, as perspetivas brilhantes para a grande revitalização da nação chinesa" reforçam "o sentimento de identidade" da população de Macau com o Partido Comunista da China, bem como "de pertença à grandiosa pátria e de orgulho em ser chinês".

Antes, num encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o chefe do Governo de Macau sublinhou que "está empenhado" em desenvolver a diversificação adequada da economia e "em acelerar" a construção da Zona de Cooperação Aprofundada, de modo a potenciar "as vantagens próprias da região nos seus esforços de integração nas estratégias de desenvolvimento" do país, e o impulso para a "recuperação estável da economia", ao mesmo tempo que manterá as medidas de prevenção e controlo da covid-19.

Pequim "apoia plenamente o impulso à diversificação adequada da economia" do território, nomeadamente através da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países lusófonos e do centro mundial de turismo, bem como "a promoção dessa diversificação através das oportunidades trazidas pela construção" da Zona de Cooperação Aprofundada e da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, salientou Li.

Em 2022, o Governo da RAEM vai continuar "a plena concretização e implementação, sob liderança e apoio do Governo Central, dos princípios 'um país, dois sistemas' e 'Macau governado pelas suas gentes', com alto grau de autonomia, implementando, ainda, de forma firme, o princípio base de 'Macau governado por patriotas', salvaguardando a defesa efetiva da soberania nacional, da segurança nacional e dos interesses de desenvolvimento", concluiu Ho Iat Seng, que vai estar em Pequim até sexta-feira.

Leia Também: Xi Jinping deve consolidar o seu poder em 2022 na China

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