Covid-19: China reconhece trabalho de prevenção em Macau

Os dirigentes chineses reconheceram o trabalho de prevenção da covid-19 em Macau, nos últimos dois anos, e apoiaram o desenvolvimento da diversificação da economia do território, disse o chefe do Executivo local.

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Lusa
24/12/2021 22:50 ‧ 24/12/2021 por Lusa

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Covid-19

 

Ho Iat Seng falava, na sexta-feira ao início da noite, aos jornalistas, no regresso à cidade depois de uma visita de quatro dias a Pequim, onde se reuniu com o Presidente da China, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

O chefe do Executivo indicou ter abordado, durante a visita, com Xi e Li, a situação atual e o desenvolvimento social e económico da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

Nos últimos dois anos, a economia local tem sido afetada devido ao impacto da covid-19 e à redução do número de turistas, o que levou os dirigentes do país a esclarecer o problema do "predomínio de um único setor", como também destacaram que o Governo chinês "apoia, como sempre, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau e concordaram com as ações governativas da RAEM, para o próximo ano", afirmou, de acordo com um comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social.

Ho Iat Seng destacou os encontros mantidos em vários Ministérios e comissões "envolvidos no desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin [ilha da Montanha], a fim de facilitar o acompanhamento e a implementação das várias tutelas do Governo da RAEM nos respetivos trabalhos".

Em resposta aos jornalistas sobre se mantém a previsão da receita bruta do jogo, para o próximo ano, em 130 mil milhões de patacas, o chefe do Executivo considerou que sem "as três vagas da epidemia", em agosto, setembro e outubro, a receita "estaria próxima da previsão inicial".

Ho Iat Seng salientou que "esta meta não será atingida" no próximo ano, se ocorrer "qualquer surto" de covid-19.

Sobre o encerramento das salas de jogo VIP nos casinos, o chefe do Executivo afirmou que "o impacto do encerramento" ainda não foi avaliado para Macau, mas em relação aos trabalhadores afetados, a Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais "está a apoiar na aquisição de novo emprego e na formação".

Por outro lado, "as autoridades não exigem que as concessionárias explorem salas VIP", afirmou Ho, para lembrar que, nos últimos cinco anos, se verificou uma redução nos negócios desta área.

Quanto à isenção de quarentena nas viagens entre Hong Kong e Macau, o chefe do Executivo salientou ser necessário esperar que Pequim concorde com as disposições da reabertura das fronteiras com a região vizinha.

Ho Iat Seng escusou-se ainda a comentar a prisão preventiva, na sexta-feira, de um ex-diretor dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, "devido à entrada do caso no processo judicial", referiu a mesma nota.

Macau registou 77 casos de covid-19 desde o início da pandemia.

A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.851 pessoas e foram contabilizados 1.266.037 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Leia Também: China diz que Covid-19 vai levar Macau a pensar sobre desenvolvimento

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