"O Governo votou a favor de um plano de investimento sem precedentes nos Montes Golã para aí duplicar a população israelita", disse hoje o primeiro-ministro, Naftali Bennett num comunicado.
No final de um Conselho de Ministros extraordinário, realizado nos Montes Golã, o Governo deu luz verde a este plano, cujo custo ascenderá a mil milhões de shekels (cerca de 280 milhões de euros).
De acordo com o plano, 7.300 unidades habitacionais serão construídas nos próximos cinco anos, nos colonatos ali existentes, além de dois novos colonatos, Assif e Matar, que poderão acolher 6.000 casas.
Este projeto deverá ser capaz de adicionar um total de 23.000 residentes israelitas à população atual das Colinas de Golã.
Cerca de 25.000 colonos israelitas vivem agora nos Montes Golã, lado a lado com cerca de 23.000 drusos (membros de uma pequena comunidade religiosa autónoma, que afirmam ser na sua maioria de origem síria, embora tenham o estatuto de residentes em Israel).
O plano também inclui investimentos em infraestruturas, sistemas médicos e educacionais, bem como ajuda para agricultores e indústria.
Os Montes Golã, conquistados por Israel à Síria durante a guerra de 1967, foram anexados em 14 de dezembro de 1981 e constituem hoje um território estratégico para os dois países, que ainda estão tecnicamente em guerra.
Em março de 2019, o ex-Presidente dos EUA Donald Trump assinou uma ordem executiva que reconhecia oficialmente a soberania de Israel sobre os Montes Golã, numa decisão denunciada pela Síria como um "ataque flagrante" à sua soberania.
"Nem é preciso dizer que os Montes Golã são israelitas", disse hoje Bennett, sublinhando a importância do "reconhecimento de Trump e o facto de o Governo de Joe Biden (atual Presidente dos EUA) ter garantido que não houve mudanças nesta política".
Em fevereiro, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que os Montes Golã eram "muito importantes para a segurança de Israel", mas que "as questões de legalidade (eram) de ordem diferente".
Em junho de 2019, um novo colonato foi inaugurado na parte anexa dos Montes Golã, com a designação em hebraico de a Colina de Trump, em homenagem ao ex-Presidente norte-americano.
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