De acordo com a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, nos próximos dias vão ser testadas pessoas assintomáticas, vacinadas que testaram positivo, entre outros.
A governante, citada pela agência noticiosa angolana, Angop, sublinhou que a estratégia tem como objetivo reduzir a cadeia de transmissão da doença.
A ministra salientou que há muitas famílias infetadas, devido ao incumprimento das medidas de prevenção durante a festa de Natal.
Para a campanha, foram montados postos de testagem no Largo das Escolas, Largo da Mutamba e no Hospital Josina Machel, com vista a avaliar a circulação comunitária da nova variante Ómicron em Luanda.
Dez mil testes estão disponíveis para dois dias, com vista a ter-se uma amostra sobre o comportamento da doença.
Na terça-feira, as equipas vão centrar-se nos mercados do Cantinton e do quilometro 30.
As autoridades sanitárias têm-se manifestado preocupadas com a situação da covid-19, que desde o dia 15 de dezembro registou um exponencial aumento de casos, confirmando-se a presença da variante Ómicron no país, após testes laboratoriais em Portugal.
O país atravessa a sua quarta vaga da pandemia e atingiu, pela primeira vez, os quatro dígitos diários de casos confirmados.
Nas últimas 24 horas, o país registou 610 casos, três óbitos e 21 recuperados, totalizando desde o início da pandemia os 71.752 casos positivos, 1.749 óbitos e 64.016 recuperados, estando ativos 5.987 casos, dos quais um em estado crítico, 18 graves, 50 moderados, 69 ligeiros e 5.849 assintomáticos.
Do total, 139 doentes encontram-se internados, 188 pessoas estão em quarentena institucional e 803 contactos estão sob vigilância epidemiológica.
A covid-19 provocou mais de 5,39 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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