O pedido foi feito numa carta enviada também ao Ministério Público e à "Defensoría do Povo" (Promotoria de Justiça) e tem lugar depois de Igbert José Marín Chaparro (que é tido como preso político pela ONG) iniciar uma greve de fome em protesto por alegadas torturas.
Numa cópia do documento, divulgada pela Internet a ONG explica que o militar está desidratado e em frágil estado de saúde, uma situação que foi verificada em 24 de dezembro último, por familiares do preso, durante uma visita.
A Coligação pelos Direitos Humanos pede ainda ao Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que investigue as denúncias de "tortura sistemáticas e tratos inumanos" a que o militar teria sido submetido no lugar de detenção, a Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços de informação militar).
Entretanto a advogada Ana León Acosta alertou que a integridade física e mental do tenente-coronel está em perigo enquanto as instituições do Estado venezuelano tratem da situação.
O tenente-coronel do Exército Igbert José Marín Chaparro foi detido em 16 de março de 2018 por funcionários da DGCIM. Foi acusado de traição à pátria e instigação à rebelião.
Em 21 de dezembro último iniciou uma greve de fome depois de denunciar que tem sido vítima "de tortura sistemática e tratos cruéis".
Ao iniciar a greve-fome divulgou uma carta pública solicitando uma visita de uma delegação da Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, do encarregado de negócios da União Europeia e do Núncio Apostólico do Vaticano, para constatar a sua situação e a de outros presos na DGCIM.
Leia Também: Parlamento opositor em funções ratifica Guaidó como presidente