EUA nomeiam enviada para os direitos das mulheres afegãs

Os Estados Unidos anunciaram hoje a nomeação de uma enviada especial para as mulheres afegãs, uma prioridade declarada pelo Governo norte-americano desde que os talibãs tomaram o controlo do Afeganistão.

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Lusa
29/12/2021 17:28 ‧ 29/12/2021 por Lusa

Mundo

Afeganistão

 

Rina Amiri, uma cidadã norte-americana nascida no Afeganistão que trabalhou na Administração do ex-presidente Barack Obama, será a enviada especial do Presidente Joe Biden para os direitos das mulheres e das meninas afegãs e para os direitos humanos no Afeganistão, anunciou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken.

"Enquanto enviada especial, ela trabalhará numa série de 'dossiers' de importância crítica para mim, para a Administração norte-americana e para a segurança nacional dos Estados Unidos: os direitos humanos e as liberdades fundamentais das mulheres, das meninas e das outras populações em risco em toda a sua diversidade", precisou, em comunicado.

Quase seis meses após a retirada militar norte-americana do Afeganistão, Blinken recordou que os Estados Unidos desejam "um Afeganistão pacificado, estável e seguro, onde todos os afegãos possam prosperar".

Em busca de reconhecimento internacional, os talibãs comprometeram-se a governar menos brutalmente que no seu primeiro regime (1996-2001), mas as mulheres continuam largamente excluídas da função pública e do acesso à educação.

Os talibãs também emitiram recomendações exigindo aos motoristas que não transportem mulheres para longas distâncias se estas não estiverem acompanhadas de um membro da família do sexo masculino.

Em Cabul, as mulheres têm-se manifestado em defesa dos seus direitos, exigindo empregos e acesso à educação e protestando contra a fome e a repressão, denunciando igualmente "o silêncio do mundo" perante a situação política, social e económica no país.

O respeito dos direitos das mulheres é uma das condições exigidas pelos doadores para retomar a ajuda internacional ao Afeganistão.

Um dos países mais pobres do mundo, o Afeganistão encontra-se à beira do colapso económico e a ONU adverte para uma "avalanche de fome" em breve, estimando que 22 dos cerca de 40 milhões de afegãos correm o risco de passar por "escassez alimentar aguda" este inverno.

Leia Também: Talibãs advertem contra ingerência estrangeira 42 anos

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