Covid-19. África do Sul aligeira restrições e abole recolher obrigatório
A África do Sul, onde foi detetada a variante Ómicron, anunciou hoje o abrandamento das restrições relacionadas com a covid-19, designadamente o fim do recolher obrigatório, sinal que ultrapassou o pico da atual vaga pandémica, divulgou a Presidência.
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Mundo Covid-19
Os pedidos para o fim do recolher obrigatório, em vigor entre as 00h00 e as 04h00, multiplicaram-se nos últimos dias, em antecipação à passagem de ano.
Os proprietários de restaurantes e bares lançaram uma petição 'online' designada "Abaixo o recolher obrigatório", dirigida ao Presidente Cyril Ramaphosa.
"O recolher obrigatório foi levantado. Portanto, não há mais restrição de horários de trânsito", anunciou a Presidência.
A venda de bebidas alcoólicas passa a ser autorizada a partir das 23h00 nos estabelecimentos licenciados.
"Todos os indicadores sugerem que o país provavelmente já ultrapassou o pico da quarta vaga" da epidemia, explicou a Presidência.
Os novos contágios caíram 29,7% na semana passada (89.781), em relação à semana anterior (127.753).
Os internamentos hospitalares diminuíram em oito das nove províncias.
"Embora a variante Ómicron seja altamente transmissível, as taxas de hospitalização têm sido inferiores às das vagas anteriores" e o aumento do número de óbitos é "marginal", continuou a Presidência.
O uso de máscara continua a ser obrigatório em espaços públicos e as reuniões ainda são limitadas: no máximo 1.000 pessoas em ambientes fechados, 2.000 ao ar livre.
A variante Ómicron, que apresenta um elevado número de mutações, é a razão de uma nova vaga da pandemia com aumento exponencial de casos.
"O risco de aumento de infeções continua elevado dada a alta transmissibilidade da variante Ómicron", recorda a Presidência, que também apela à vacinação.
País africano oficialmente mais afetado pela doença covid-19, a África do Sul tem mais de 3,4 milhões de casos e 91.000 mortes.
A covid-19 provocou mais de 5,42 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
A nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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