"A cimeira irá, entre outros assuntos, discutir o apoio para a operacionalização dos objetivos da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique [SAMIM, na sigla inglesa] para restaurar a paz e estabilidade em Cabo Delgado", refere um comunicado da organização, citada hoje pela Agência de Informação de Moçambique.
A cimeira será presidida pelo chefe de Estado do Maláui, Lazarus Chakwera, que é atualmente o presidente em exercício da SADC, e vai ser antecedida pela cimeira extraordinária da Troika do Órgão, bem como pela reunião do Comité Extraordinário de Finanças e, por último, pelo Conselho de Ministros Extraordinário da organização sub-regional.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.
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